REVISTA LANDA - UFSC
Chamada para publicação - 2015/2
Escrituras do Eu
O mistério das escrituras do eu – da própria noção de escrituras e do outro que sou eu – permanece intocado no decorrer do tempo, embora tenha visivelmente chamado a atenção de filósofos, ensaístas e críticos de arte em geral a aceleração que conheceram durante as últimas décadas. Esta aceleração carrega em si, de modo simultâneo e contraditório, os traços da banalização e da complexificação, da frivolidade e da angústia, da leveza e da obsessão. A tendência contemporânea à auto-arqueologização, como destacou um dia a crítica Beatriz Sarlo, é um fato, assim como o é a pulsão de conservação e destruição que marcam a ferro e fogo a febre de arquivo, nos termos de Derrida, desde Freud e Benjamin aos nossos dias. Seguimos perguntando, portanto – e este é o motivo que nos leva a abordar o tema nesta chamada –, pela presença-ausência do corpo nas grafias do eu, pela transmutação em corpus daquilo que se pode ler tantos nas estrelas quanto na palma de uma mão: é sobre esta dialética entre corpo e corpus, vida e arte século XXI adentro que propomos o desafio de re-pensar nesta edição da revista Landa
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