É com satisfação e orgulho que o GEIPAC convida para a defesa de dissertação do aluno Diogo Marinho de Oliveira, com o titulo "Representações Sociais sobre a capoeira no Brasil". A mesma será no dia 23/11/2012, às 14h30 na sala A 222 da Univille, conforme convite abaixo. Na sequência está disponibilizado o resumo.
Resumo
Esta dissertação procura compreender as representações sociais da capoeira em quatro capitais brasileiras, comparando duas com maior influência da cultura afro-brasileira, Salvador e Rio de Janeiro, com Curitiba e Florianópolis, onde não houve tanta influência. Para tanto, utilizou-se a teoria das representações sociais a fim de entender os mecanismos de construção do conhecimento dos indivíduos nos seus diferentes grupos sociais, destacando o senso comum, a cultura popular e as formas de comunicação da sociedade. Empregaram-se pesquisas bibliográfica e de campo, e o instrumento de coleta de dados foi um formulário com 29 questões aplicado a 340 indivíduos divididos em profissionais e alunos de capoeira das quatro capitais. Os grupos encontrados relacionam-se às três principais vertentes da capoeira: angola, regional e contemporânea. Como principais resultados, percebeu-se que, para grande parte dos entrevistados, a capoeira é uma manifestação cultural de origem afro-brasileira, que seu reconhecimento como patrimônio cultural valoriza sua identidade e que ela tem boa imagem no país, além de maior importância para a cultura local do Rio de Janeiro e de Salvador. Quanto ao seu plano de salvaguarda, predominaram entrevistados que o desconhecem. A forma de comunicação mais eficaz entre os capoeiristas é a oralidade, talvez pela falta de divulgação na mídia e pela tradição da capoeira, entretanto a internet é o meio de comunicação mais citado para se representar a capoeira à sociedade. Os participantes afirmaram que a prática da capoeira é um instrumento de educação e construção de identidade, pois modifica o jeito de ser do praticante, e possui aspectos positivos, como a promoção à saúde, amizade e cultura. A maioria dos profissionais averiguados disse atuar em escolas públicas e privadas. Assim, vê-se que a valorização da capoeira como patrimônio cultural pode ser aprofundada com mais participação sociopolítica da comunidade, no sentido de exercer direitos e deveres sobre a execução do plano de salvaguarda. Também é necessária uma melhor estruturação nas instituições de ensino, local mais mencionado para a docência, visando a ações de educação patrimonial que combatam o preconceito e valorizem a história, memória e identidade dessa manifestação cultural no país.
Ao Diogo, desejamos muito axé e muito sucesso sempre!